Lenilton: “não há a menor condição de voltar a trabalhar com o Novo Som.”

Por Aleckson Marcos

Lenilton Silva, ex-Novo Som, acaba de escrever em seu Facebook, descartando a mínima possibilidade de voltar ao Novo Som. A declaração veio após a repercussão da criação da página no Facebook “Novo Som Chama o Lenilton” que se propõe a “trazer de volta à banda, um de seus fundadores, baixista e principal compositor, assim como também, servir de instrumento para a harmonização, entre os atuais integrantes do Novo Som e Lenilton Silva, através do amor e do perdão“. Conforme descrição da própria página, “não nos interessa somente a volta do Lenilton, mas de coração aberto, a reconciliação verdadeira entre todos os integrantes, sem a qual este retorno não valerá a pena.”

Em resposta ao pedido dos fãs,  Lenilton publicou um longo texto, intitulado “O Fim da Era Novo Som”, contando a história da banda e descartando todas as possibilidades de seu retorno.

Confira o texto na íntegra:

O Fim da Era Novo Som…

Na minha carreira, se deu após a gravação do dvd NOVO SOM 25 ANOS.  Assim foi publicado por mim na minha NO (Nota Oficial). Uma vez mais agradeço o carinho de todos os fãs e admiradores. Estou postando isso para que não haja mais dúvidas quanto a isso, e a fim de dirimir toda e qualquer dúvida, peço a todos que puderem que compartilhem esse post.  Aos polemizadores de plantão, já vou adiantando que isso nada tem a ver com falta de perdão, mas com decisão, e a minha decisão não passa de um simples Concord com a posição do Mito, do Geraldo e do Alex, que em particular acho totalmente equivocada e eu lamento muito por isso. Mas antes que haja qualquer comentário polêmico deixo aqui o meu reconhecimento de que juntos fomos um baita time. Que o DNA Novo Som se deu em um conjunto de fatores. Pra isso faço uma pequena análise do mesmo. O Mito sempre foi um cara talentoso, e isso eu vi no dia em que ele foi fazer o teste pra entrar no NS, por isso acreditei nele e ele, de fato se tornou um dos maiores tecladistas do meio evangélico. O Geraldo tinha o que a gente precisava pra banda, que era uma boa pegada e ousadia pra executar o seu instrumento, tinha um pedal e uma caixa poderosa, e qdo fiz o teste com ele acreditei e investi nisso. Assim fizemos do baixo e batera a artilharia da banda, pedal e baixo totalmente sincados o tempo todo, eu resolvi e escolhi tocar assim, explorarando os graves na intenção de oferecer um ambiente imponente pra que as guitarras e teclados pudessem trabalhar livres. O Alex era um jovem saindo da adolescência que cantava no coral da IBPM, qdo me converti naquela igreja o conheci e conversando resolvemos montar um conjunto (banda) rsrs. No início ele reclamava dos tons que eu arranjava as músicas, que estava muito alto, mas eu via nele um tenor e acreditava no potencial dele como tal.  Eu dirigia a voz dele no estúdio e no início (nos primeiros discos) ele cantava no falsete mas eu sempre acreditei que ele poderia ir além e de fato foi e se tornou esse grande tenor que todos nós conhecemos hoje. Eu como baixista informava mais no primeiro disco, até que um dia vi um baixista gravando e percebi que todas as músicas que ele gravava tinham mais “pressão” que as que eu gravava. Foi qdo reparei que ele não informava tanto e se preocupava mais em tocar sincado com o pedal, então resolvi fazer disso o meu objetivo pois a música soava muito maior daquele jeito, assim tive o Elso Fernandes Filho como meu referencial, Nando (Roupa Nova) e vários outros baixistas pops americanos com o Mike Porcaro, Neil Stubenhaus… Portanto, eu e o Geraldo nunca nos preocupamos em ser instrumentistas virtuosos, mas a precisão era tudo, pois assim se propõem a tocar os músicos americanos e brasileiros que executam o tipo de música que tocamos, é só ouvir Chicago, Toto, Bread, Air Suply, Lionel Richie, Roupa Nova, 14 Bis e etc. E assim o NS criou uma cara, uma marca. Lembro que o Geraldo, em um ensaio da música “Pra Você” foi quem me chamou a atenção pra convenções como as do Roupa Nova e eu comecei a aplicar nas minhas músicas. E “Pra Você” foi a primeira. Mas a digital da banda se deu nas minhas composições, nos meus arranjos e no timbre do Alex. Essa é a minha opinião. Todos nós construímos juntos a sonoridade da banda, fizemos juntos um belo trabalho mas que infelizmente chegou ao fim, portanto mais uma vez eu repito: Fica o legado. E agradeço em primeiro lugar a Deus, e depois o carinho de todos, que conosco construíram a nossa carreira. Ah, e em especial a Dona Delma Gonzaga, que incansavelmente nos apoiou, inclusive financeiramente, quando a gente era apenas um grupo dos famosos “quem”, e também ao Pastor Eronildes de Almeida Matos, e ao Silvio Scarabelli que nos encorajou num ensaio a gravar nosso primeiro disco. Escrevi esse texto para que fique claro que não há mais pra mim, a menor condição de voltar a trabalhar com o Novo Som. Agradeço aos grupos que fazem campanha pra isso, o que me fez sentir muito honrado, mas essa é a minha posição, sabedor que para Deus não há impossível, mas por minha vontade, não. Estou pra lançar algo novo com o Rota 33, e que gosta de fato do meu trabalho, eis aí uma opção.  Ao Geraldo, Mito e Alex, desejo toda sorte de bençãos, contém comigo no que precisarem, menos no que se refere a NS.  Deixo o meu abraço desejando que Deus abençoe a cada um de vocês. Graça e Paz! Deus vos abençoe!

One thought on “Lenilton: “não há a menor condição de voltar a trabalhar com o Novo Som.”

  • 01/05/2019 em 12:11
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    Sou fã do NS e vc 10 Lenilton

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