Lenilton: Uma análise Sobre o panorama da música atual

Por Lenilton Silva

Há um tempo atrás a música gospel era a fortaleza que resistia às tormentas do mercado fonográfico, e se tornou o último reduto das gravadoras seculares por resistir às intempéries do mercado, com credibilidade, ideologia religiosa, e da honestidade moribunda que a fez resistir ao assédio do macabro monstro da pirataria – uns dos responsáveis por acabar com a nossa música brasileira que dizimou os discos físicos e as gravadoras e em consequência desempregou milhares de pessoas, entre elas,  produtores, arranjadores, músicos, lojistas. Prejudicou compositores e exterminou com dezenas de  fábricas de discos,  estúdios de gravação, lojas, e etc. É lógico que o digital era uma tendência mundial, mas a música evangélica sempre teve um mercado à parte.

E as gravadoras evangélicas também têm culpa nisso, ao entrarem na onda do “modismo”. Quando fizeram isso, herdaram também as mazelas das gravadoras seculares. O meio evangélico tinha seu próprio viés musical. Não existia modismo e nem tendências mercadológicas. Mas resolveram se igualar as “grandes” gravadoras seculares, seguir “tendências”. Daí começaram a plastificar a nossa música, empacotar e rotular. Assim dividiram a música cristã em algumas partes: Música Pentecostal, Música Congregacional, Música Rock, e o famigerado Pop Rock Hillsonguiano (genérico do genérico do U2). 

O resultado disso é uma música repetitiva, enfadonha, quase sempre com as mesmas frases e o mesmo tema, gravadas com uma levada parecida uma com a outra, os timbres, riffs de guitarras e baixos quase sempre os mesmos.

Resumindo, antigamente se colocava as músicas pra tocar nas rádios e o povo escolhia o que julgavam melhor. Hoje as gravadoras, aliadas a mídia, passeando por entre jabás, colocam pra tocar o que eles julgam melhor pra eles, pro mercado, e o povo tem que engolir! Daí o modismo que plastificou e engessou  a nossa música. E quase tudo agora é congregacional. E tem artista que ainda fica chateado quando um pastor diz na hora da mensagem: “Agora vamos à melhor parte do culto que é a pregação da palavra de Deus!” Ué, mas não é?

As músicas abandonaram a mensagem da palavra de Deus, em suas letras não pregam mais, só louvam e adoram (o que não está errado). Mas o louvor e a adoração não é a missão principal do evangelho, e sim “o ide pelo mundo e pregai o evangelho a toda criatura!” Que saudades de músicas como: Mais que um Sonho (Cara), do  saudoso Ed Wilson e Palácios, do Rebanhão!

Deus lhes abençoe, Graça e Paz!

6 thoughts on “Lenilton: Uma análise Sobre o panorama da música atual

  • 06/03/2019 em 21:03
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    Há mais de 10 anos falei isso no meu blog. Falaram que eu era doente e juiz. Parabéns pelo texto

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  • 06/03/2019 em 21:27
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    Parabéns irmão pela reflexão. Sou fã do Novo Som, por conta das suas músicas.

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  • 07/03/2019 em 09:38
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    BENDITO SEJA DEUS POR SUAS COLOCAÇÕES.

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  • 07/03/2019 em 09:39
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    Espetacular!! Concordo plenamente e achava que eu era radical e quadrada.

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  • 07/03/2019 em 09:48
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    Muito Boa Essa colocação do nosso maestro lenilton

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  • 07/03/2019 em 09:53
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    Concordo totalmente. Percebi isto a muitos anos também. Não há nada de Cristo na maioria das músicas. Só mercado!

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